Um novo estudo feito pelo Projeto Pew Internet e American Life, uma organização de pesquisa de Washington.
"É um marco no e-commerce usual", disse Lee Rainie, diretor do projeto
Pew, que está lançando seu último shopping on-line nesta semana.
"O que é impressionante sobre isso é que a porcentagem de usuários de internet que fazem compras tem crescido, assim como a população da internet", disse Rainie. "Então, o aumento é duplamente importante porque é uma fatia maior de um bolo maior".
Os dados fornecem o contexto do amadurecimento da indústria de varejo on-line, que espera vender cerca de US$ 120 bilhões em artigos neste ano,segundo a Forrester Reseasrch. Os números também indicam que grandes expectativas de amplo e-commerce no fim dos anos 90 não eram irreais,somente prematuras. Há quatro anos, 47% dos usuários on-line , ou
36 milhões de pessoas, compravam algo via internet. A nova pesquisa do Pew atualiza os números para 83 milhões de pessoas.
Os dados do Pew também sugerem que o mainstream do comércio na internet está quase completo. As estatísticas sobre sexo e etnia entre os compradores reflete aquelas de compradores off-line, disse Rainie.
Enquanto isso, as diferenças de renda e nível de escolaridade entre aqueles que compram no ciberespaço e aqueles que precisam de estacionamento estão se estreitando. Metade dos que vivem em famílias com renda de até US$ 50.000 compram on-line, notou ele, e 54% dosusuários de internet com nível secundário já compraram via net.
Isto obviamente é uma boa notícia para todos os administradores de varejo on-line, mas alerta, particularmente, os varejistas que tentam criar negócios para uma ampla parcela do público comprador.
Considere o Home Depot, que há muito tempo se concentra no segmento faça-você-mesmo e que Shelley Nandkeolyar, vice-presidente de marketing interativo da empresa, afirma que "representa muito bem demograficamente o mercado americano".
"Agora que a população on-line é mais mainstream", disse Nandkeolyar,
"isso reflete melhor a nossa base consumidora tradicional, e nos dá mais oportunidades para trazer muitas das nossas estratégias tradicionaispara a internet".
Na semana passada, o HomeDepot.com estreou um registro de presentes on-line, aprimorando um serviço oferecido pelas lojas que ficou aquém dasexpectativas da empresa. O serviço original limitava os presenteados à loja escolhida pelos que o registravam, fazendo o registro difícil de usar para os consumidores de fora da cidade.
A versão on-line permite que os registrados e os presenteados escolham entre 9.000 produtos, que são transportados diretamente para o endereço do presenteado. Na sexta-feira, por exemplo, o site tinha mais de 3.000 registrados logados, que mostra, segundo Nandkeolyar, que "há um grande nível de interesse".
Nandkeolyar, que já ocupou posições executivas nas divisões on-line da Williams-Sonoma e Martha Stewart Living Omnimedia, afirmou que as compras pela internet "se tornaram mais mainstream do que eu poderia imaginar mesmo há dois anos".
Mas segundo Rainie, isso não é surpreendente. Tipicamente, os compradores fazem suas primeiras aquisições on-line entre seu terceiro e quarto ano de uso da internet; 80% dos usuários de internet adultos hoje têm pelo menos três anos de experiência.
Rainie afirmou que a experiência na internet também ajuda a explicar a evaporação de algumas diferenças étnicas que existiam entre os compradores on-line e off-line. Hoje, hispânicos e negros geralmente compram via rede nas mesmas porções que os brancos hispânicos, um grande aumento em relação a um ou dois anos atrás.
Empresas voltadas para os negros, como a Fashion Fair, uma loja de cosméticos,estão começando a fazer diferença. A FashionFair.com, que ainda não vendeu nada através do seu Web site, viu um crescimento sólido nos visitantes nos últimos meses, segundo J. Lance Clarke, o vice-presidente e gerente geral.
Dado o aumento do tráfego, a companhia, que é propriedade da Johnson Publishing, a editora das revistas Ebony e Jet, "está procurando vender on-line, quem sabe em breve", disse Clarke.
O site fornece atualmente conselhos de beleza e um guia de lojas de varejo que vendem seus produtos. Mas com mais negros e mulheres em geral comprando on-line, Clarke afirma que "o timing é bom" para um site de comércio ajudar a empresa a atingir uma parte maior do estimado US$ 1,2bbilhões por ano que as mulheres negras gastam em itens de saúde e beleza.
O incentivo posterior para um movimento em direção às compras on-line é o esforço adicional que os varejistas on-line vêm empreendendo para fazer a experiência de compra virtual muito mais parecida com o mundo real. Lauren Freedman, presidente do E-Tailing Group, uma firma de consultoria para internet em Chicago, afirmou que varejistas on-line aprimoraram seus
serviços consideravelmente nos últimos anos, reduzindo algumas resistências dos compradores.
Freedman disse, por exemplo, que mais de 70% dos 400 varejistas on-line que sua empresa recentemente pesquisou permitem, hoje, que os compradores troquem nas lojas os itens que adquiriram on-line.
"Há três anos, somente uma pequena porcentagem permitia isso", disse Freedman. "Para muitas pessoas, a possibilidade de fazer isso muda a experiência".
Claro, alguns continuam resistentes às compras on-line. Segundo os últimos dados do Pew, os usuários de internet com 65 anos ou mais são menos prováveis a comprar pela internet do que os consumidores mais jovens. A porcentagem de idosos na internet que também compravam via rede em 2000 era de 38%; em fevereiro ela já atingiu 49%.
Um estudo separado do Pew divulgado na semana passada mostrou que mesmo com o aumento de 47% desde 2000 do uso da internet entre os americanos de 65 anos ou mais, 22% desse grupo estava on-line.
Varejistas on-line dizem que esperam fazer negócio com pelo menos parte desse grupo. "O problema clássico do mercado idoso é que ele é muito segmentado", disse Alan Beychok, chefe executivo da Brenchmark
Brands, uma loja de venda por catálogo e on-line dos produtos de cuidado com os pés.
A idade média de seus clientes off-line é 65 anos, afirmou Beychok, enquanto on-line é de 53. "Para pessoas de 75 anos ou mais, eu não acredito que as compras on-line realmente terão efeito", disse ele. "Eles tendem mais a pagar em cheque e a mandar seu pedido por carta, e há uma correlação entre aqueles que usam cartão de crédito e sua propensão a comprar pela internet. Essas pessoas não estão confortáveis a mudar seu método de pagamento".
Beychok, apesar de tudo, aumentou seu negócios de internet em mais de 50% no ano passado. Há muito mais pessoas no mais novo mercado de idosos,o que faz sentido concentrar nossos esforços aí". tos, pousadas e hotéis.
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